Dr Juarez Callegaro

ENFOQUE ORTOMOLECULAR SISTÊMICO DO CRIME E DELINQUÊNCIA

Em uma pesquisa de 1991 Cevem J. Schoenthaler, criminologista da Califórnia State University, administrou por três meses a vinte e seis detentos com idade entre 13 e 16 anos um suplemento de vitamina e minerais ou um placebo. Antes e após a suplementação, testou-os pela Escala Wechsler de Inteligência Infantil, eletroencefalograma computadorizado e concentrações sangüíneas de dez (10) vitaminas e sete (7) minerais. Os escores não-verbais dos que tomaram os nutrientes subiram seis pontos e o comportamento anti-social, como ataques violentos a outros detentos e pessoal administrativo diminuiu e as ondas anormais nos eletroencefalogramas praticamente desapareceram.
    A explicação da causalidade do sofrimento cerebral e humano através disso está na desarmonia, falta de nutrientes físicos, químicos e informacionais sobre as condições do último milhão de anos, quando o cérebro do chipanzé de 400 gramas, com volume similar ao humano do início, culminou no cérebro do homem paleolítico, quatro vezes maior, e cujos chips de computador correspondem a quatro folhas de papel de ofício, comparados com uma folha do chipanzé. Curiosamente, as três doenças mentais que triplicaram nos últimos vinte anos, distúrbios cognitivos, afetivos e psicomotores, representados, respectivamente, pelo Mal de Alzhaimer, Depressão, e Mal de Parkinson, sugerem que 90% do DNA considerado não mais lixo, mas portador de gens mais ativos em cérebros em evolução, é sensível ao contexto dos nutrientes, sendo verdadeiramente atacado pelos sanduíches Mc Donald’s, óleos trans tipo Mazola ou margarinas tipo Becel, recomendadas pela Associação Brasileira de cardiologia, e transgênicos da soja , inocentados pelo departamento de Nutrologia da Associação Médica Brasileira. E mais, pela invenção da agricultura e pecuária, trigo, leite, café, açúcar, todo ingredientes do café da manhã no lugar das frutas e nozes, das caminhadas matinais na floresta, da caverna até a área de pesca e mais além, da caça de carne dos animais não sedentários, sem hormônios, agrotóxicos e antibióticos, as verduras na refeição do almoço e sopas de legumes, fígado de aves e ovos à noite.
    As vinte seis ervas que as macacas usam como fototerápicos foram mutiplicadas pelo lóbulo frontal da fêmea humana, que tem o dobro de neurônios do chipanzé. S. Boyd Eaton, M.D., da Emory University, em “The Paleolithic Prescription”, afirma que “o novo padrão alimentar dos últimos cem anos parece ir além do que nossos genes podem tolera.” Com neurociência nutricional evolutiva, base da psiquiatria ortomolecular com enfoque sistêmico, teme condições de explicar o resultado das experiências de Willian Walsh e Carl Pfieffer que listaram, por ordem descendente, as seguintes causas bioquímicas correlacionadas com o crime e a delinqüencia: 1. Deficiência de vitamina B6 e zinco com dependência genética (Pirolúria); 2. Dieta pobre de cromo e manganês, gerando hipoglicemia; 3. Histadelia por alergia e depressão com dependência de drogas; 4. Excesso de cobre, chumbo, alumínio, cádmio e outros metais tóxicos capazes de produzir Histapenia (depressão agressiva psicótica, principalmente por intoxicação de cobre); 5. Alergia cerebral (aumento da intolerância aos salicilatos para dor, glúten do trigo, caseína do leite e atualmente milho e soja transgênicos); 6.Epilepsia psicomotora (falta de manganês, boro e Omega 3 em pesquisas mais recentes); 7. Cromossoma XYY (excesso de testosterona, supervalorizada pela mídia, mas não é freqüente); 8. Tensão pré-menstrual (quatro tipos de deficiência nutricional envolvido); 9. Deficiência de manganês, zinco e vitamina B6 sem dependência genética, talvez trigeracional, em face de hábitos alimentares, à semelhança da Depressão Imunológica (segundo Brostoff). A pesquisado Dr. Walsh reduziu, com nutrição ortomolecular, de 100% para 5% o percentual de reincidência de crimes nos cinco anos após a libertação de apenados.
    A rede sócio-político-econômico-cultural interage com esta rede nutrotóxico-genética, colocando a rede neuroendócrinoimunológica entre as duas, produzindo essas formas de patologia criminal.
    A rede SPEC acima, mal administrada, segundo Alvin Tofler em A Terceira Onda, é caracterizada por: 1. econocentrismo; 2. curto-prazismo; 3. feição antidemocrática, o que corrobora a Lei de Eisenk (Professor da Universidade de Londres), que diz: “não há nenhum projeto de bom senso que priorize a saúde sobre o lucro das minorias”. Fritjof Capra, do Centro de Eco-Alfabetização da Universidade de Berkeley, Califórnia, no livro As conexões Ocultas (Ed. Cultrix), diz na página 196 que “A verdade nua e crua é que a maioria das inovações na área da biotecnologia alimentar foram motivadas pelo lucro e não pela necessidade”. E na página 163 declara que “Há uma diferença crucial entre as redes ecológicas da natureza e as redes empresarias”. A influência do modo de ser econocêntrico, curto-prazista e antidemocrático de 1,4% da população mundial que controla 50% do dinheiro do mundo pruduziu uma economia criminosa globalizada, em que a lavagem do dinhero do narcotráfico pelos 250 maiores bancos nas mãos desta minoria acaba por silenciar a “carneirada jornalística”, segundo Eisenk. Silenciado, também, os centros de pesquisa, onde os pesquisadores, sustentados pelos contribuintes, ou seja, pesquisadores de universidades públicas são obrigados a assinar as chamadas “cláusulas de segredo” que os impedem de falar sobre as conseqüências de suas pesquisas, ou seja, o perigo dos alimentos (A), das armas bélicas (B), dos sistemas de crédito agiota (C), das drogas “medicamentosas” (D) e dos projetos educacionais que enfatizam o irrelevante (E).
    Assim, a verdadeira “lavagem cerebral” difundida pela mídia sustenta a criminalidade comanda pelos extremamente ricos, dificultando a pesquisa, o ensino e a aplicação de recurso para produzir crianças mais sadias, inteligentes e bondosas.Em resumo, pontos de germinação, através de pequenos grupos de mentes criativas e filantrópicas; por exemplo, neste caso, lutando em pro de uma alimenta orgânica feita pelos próprios internos do sistema prisional, idéia que poderá adquirir uma força multiplicadora enorme se os resultados forem difundidos pelas 700 ONGS atuantes através da Internet.

BIOGRAFIA

Juarez Nunes Callegaro, nascido em Santiago (RS), formou-se em Medicina pela UFRGS. Fundou e liderou o primeiro Pronto Socorro Infantil de Porto Alegre e lecionou na PUC-RS, onde supervisionou estagiários de Psicologia Clínica. Foi presidente da Associação de Hipnologia Médica do RS e vice-presidente da Associação Brasileira de Cibernética e Sistemas Gerais. Representou o Brasil no I Congresso Brasileiro de Cibernética em 1972, integrando conceitos da cibernética à psiquiatria e educação, o que levou à criação da Medicina e Psiquiatria Ortossistêmica, revolucionando o entendimento da nutrologia cerebral.

Discípulo de Linus Pauling, participou de congressos nacionais e internacionais e foi pioneiro em nutrologia cerebral no Brasil. Lecionou em diversas universidades, incluindo a Universidade São Camilo e a Universidade Veiga de Almeida, além de participar em cursos internacionais em Lisboa e Florença. Foi reconhecido por suas contribuições científicas, recebendo o título de “Mestre Notório Saber” pela Associação Brasileira de Oxidologia.

Callegaro palestrou em inúmeros congressos internacionais e foi diretor científico no Congresso Internacional de Medicina Integrativa para a Saúde Mental, realizado em São Paulo. Publicou obras como Mente Criativa e Nutrição Cerebral.

Ele afirma que a nutrição pode melhorar a inteligência e o bem-estar humano. Para ele, a Medicina Ortossistêmica é uma proposta de revolução pedagógica e biológica que busca identificar as causas do sofrimento e promover a harmonia entre as necessidades e os recursos humanos, com o objetivo de alcançar uma sociedade mais justa e colaborativa.

Dr. Juarez Nunes Callegaro