Dr. Juarez Callegaro

Medicina e Psiquiatria Ortossistêmica

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O PAPEL DOS SMART NUTRIENTS (Parte 1)
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A despeito do ceticismo acadêmico a respeito da existência de smart nutrients, exemplificaremos substâncias nutritivas que amplificam a inteligência neste breve espaço de tempo, com alguns dos 50 nutrientes essenciais cuja combinatória são bons candidatos a amplificar principalmente o hardware daquele aspecto da inteligência denominado inteligência emocional. A inteligência emocional tem sido correlacionada com 80% do sucesso nas relações humanas e no trabalho criativo.
   Algumas premissas devem ser consideradas a respeito do papel dos smart nutrients na amplificação da inteligência emocional. A primeira delas diz respeito à inteligência fluídica, que se correlaciona com a memória funcional, de trabalho (MT), do córtex intrínseco frontal, cuja finalidade é elaborar planos para o futuro, baseados nas experiências passadas e em dados presentes. Este tipo de memória se apresenta mais sensível aos nutrientes do que um outro tipo, denominado memória associativa (MA), que é automática, inconsciente e involuntária do córtex intrínseco posterior. Na MA se depositam, sob a forma de regras rígidas, insensíveis a contexto, as regras flexíveis sensíveis a contexto criadas pela MT que também funciona como memória de aquisição de conhecimentos produto do entendimento contextual por decodificação analógica predominante no hemisfério frontal direito e codificação digital do hemisfério frontal esquerdo o que permite, uma melhor compreensão das mensagens dos ambientes social, profissional e ecológico. (Ver quadro 1A ).
   A Segunda premissa a ser considerada diz respeito à estrutura da MT, que contém quatro sub-unidades de processamento:

1. Unidade de percepção na área orbito frontal (OF) predominantemente colinérgica, que detecta, por exemplo, sinais sociais significativos semelhantes, comuns a todos os seres humanos e diferentes que levam a classificar os indivíduos por suas diferenças para melhor e para pior, o que permite colocar as pessoas na distância que elas merecem;
2. A sub-unidade de computação gráfica na área dorso lateral direita (DLD) predominantemente serotoninérgica na qual as necessidades estimulam a construção de eus trajetórias e cenários futuros, alternativos, otimistas e pessimistas (ETCS/FAOPS) possíveis;
3. Uma sub-unidade de cálculo de probabilidades na área dorso lateral esquerda (DLE) predominantemente noradrenérgica que filtra do conjunto dos ETCS/FAOPS possíveis criados pela imaginação o subconjunto dos ETCS/FAOPS mais prováveis em termos de vantagens a obter e perigos a evitar, o que permite priorizar estratégias de sobreviver e de viver melhor;
4. Uma sub-unidade de tomada de decisão na área suplementar motora (ASM) predominantemente dopaminérgica onde do subconjunto de ETCS/FAOPS mais prováveis é filtrado e selecionado o subconjunto de ETCS/FAOPS mais desejáveis, sobre o impacto das motivações dominantes geradas pelo programa genético das necessidades fundamentais conforme o modelo 9.

   As necessidades fundamentais (Quadro M9) graças aos condicionamentos geram interesses temáticos cuja convergência chama-se motivação dominante num momento decisório dado.
   O looping entre estas quatro sub-unidades corresponde à fase de elaboração de planos no quadro 1 A, que é seguido do tempo 2, fase de execução do plano.
   A terceira premissa diz respeito à fase de avaliação de resultados positivos e negativos de planos onde o comparador fronto hipocampal mede a distância entre os valores DEVE do plano elaborado com os valores É do plano executado. Em termos menos cibernéticos e mais poéticos o comparador avalia a distância entre o sonho sonhado e o sonho realizado, o que vale dizer o grau de concretização dos sonhos entre o nível de aspiração de (valores DEVE) e realização de (valores É).
   Quanto maior a distância maior o grau de stress, depressão, ansiedade, agressividade, queda do amor a si (auto-estima), aos outros e à vida. (Ver quadro 1B). Se os valores estão próximos, surgem respostas agradáveis, de aproximação amorosa das fontes de satisfação e/ou respostas agradáveis, de amor a si e à vida. A ressonância emocional positiva, e agradável, é amplificada ou restaurada por neurotransmissores monoaminérgicos: serotonina, noradrenalina e dopamina (SENADO), enquanto que o excesso de neurotransmissores colinérgicos e de substância P hipersensibilizam a ressonância emocional negativa, e desagradável. É importante prestar atenção aos receptores de serotonina do tipo 5HT2-R que ativam o circuito da dor enquanto os receptores do tipo 5HT1-R inibem a dor e criam condições para ativar o circuito do prazer em sinergismo com a dopamina que faz parte do circuito do prazer e cuja deficiência causa a Síndrome da deficiência de recompensa conforme quadro 6. O excesso de dopamina quando ativa o receptor D2-R na presença de excesso de 5HT2-R amplifica a excitação do circuito da dor causando os três quadros clínicos de depressão: depressão maior, bipolar e sintomas negativos da esquizofrenia. A fosfolipase A2 (PLA2) hiperativa por stress oxidativo (SOX) gera o excesso desses dois receptores e o smart nutrients Eicosa Pentanoic Acid (EPA) bloqueia em 80% esta enzima quando atinge um grama no plasma. O litio na dose nutricional de 6 milimols diários também inibe o PLA2 além de inibir a fosfolipase C que agrava as oscilações de percepção eufórica, maníaca e depressiva da depressão bipolar. Enquanto o EPA inibe adicionalmente a co-enzima A Indutora de Transacilação (CoAIT) que também está alta na depressão maior. Na esquizofrenia um outro gen agrava o quadro junto com PLA2, trata-se do enzima Fac-L2. O cromossomo 11 (Quadro 6) é também afetado por falta de cromo e vanádio que tem a função de aumentar a sensibilidade do receptor de insulina que ativa no braço curto (BC) as enzimas de síntese de monoaminas (SENADO) e os transportadores de glicose (GLUT1/3) para dentro do cérebro evitando assim a hipofrontalidade comum às depressões e esquizofrenia crônica com predomínio de sintomas negativos, depressivos. O braço longo (BL) do cromossomo 11 produz as enzimas de síntese dos receptores D2-R e D4-R cuja deficiência está correlacionada com Síndrome de deficiência de recompensa (SDR) conforme quadro 6.
   Ao utilizar smart nutrients na amplificação da inteligência emocional indiretamente estamos beneficiando pessoas que precisam de tratamento e prevenção de stress, depressão, ansiedade, agressividade, deterioração da auto-estima, amor à sociedade e à vida em geral, distúrbio de personalidade e os círculos viciosos do Quadro 2.

   Para isso, várias estratégias de prevenção e tratamento:

   A primeira delas está relacionada ao tratamento e prevenção do stress biológico que gera SOXc começando por avaliar e tratar perfil dos minerais essenciais em déficit, bem como dos minerais tóxicos, que podem ser detectados pela correlação entre o mineralograma dos fios de cabelo e as vastas descobertas da psiquiatria biomolecular acerca das vitaminas, aminoácidos, glicídios, lipídios, antioxidantes, poluição eletromagnética (Quadro 5), diabete cerebral e fatores de risco de microisquemia cerebral.
   A Segunda delas está relacionada a outros dois dos três tipos de stress que geram SOX-cerebral e são ignorados e/ou mal administrados pelo modelo médico psiquiátrico convencional. (Ver quadro 2). Acreditamos que estes sejam os principais geradores de um círculo vicioso, que alia stress, depressão e ansiedade. Estes fatores bloqueiam a inteligência emocional, o que, por sua vez, produz o maior poluente semântico do processo civilizatório da Segunda onda (TOFLER): o fanatismo antidemocrático, econocêntrico e imediatista. (Ver Quadro 3). Esta “bola de neve” caótica, que acumula stress oxidativo cerebral por stress do conflito íntimo central e stress por duplo vínculo, produz um shunt disfuncional na memória de trabalho, pontuadas por características obsessivas e fantasiosas. Os principais nutrientes para a administração Botton up do shunt do SOXc (Quadro 1B) gerador de DA3, BQE e distúrbio de personalidade (neuroses) e psicotização. Toda esta administração do SOXc via stress biológico deve obedecer às leis da orquestração e individualidade proposta por Roger Williams. Esta orquestração bioquímica deve ampliar-se até a orquestração biofísica e conceitual, portanto, devemos estar atentos aos poluentes físicos que envolvem excesso de luz, campos eletromagnéticos, ruído, calor, ionização atmosférica. Por outro lado, a poluição conceitual que vai desde a pesquisa e ensino acadêmico a denominada medicina baseada em evidência fortemente atrelada financeiramente a industria farmacêutica e alimentar responsável por grande parte do stress oxidativo cerebral que inicia o círculo vicioso das doenças mentais. (Ver Quadro 2).
   Neste modelo, (o stress oxidativo cerebral forma dois pólos capazes de incitar círculos viciosos), aliados a distúrbios psicossociais e psicossomáticos. Por outro lado, em nível biológico, existe a dupla interação entre stress oxidativo e os cinco seguintes fatores de depressão, a saber, conforme quadro 5:

• Déficit de nutrientes, por MÁ INGESTÃO (MAI). Este processo é ainda agravado pelo desconhecimento da Lei da Individualidade Bioquímica, proposta por Roger Williams, bem como do conceito de dependência bioquímica, demonstrado por Linus Pauling, para explicar a deficiência de vitaminas B6, B3 e C em 95% das depressões graves e esquizofrenia. Estas deficiências podem ser atualmente relacionadas as mitocondriopatias, sugeridas pelo mineralograma capilar, e podem estar relacionadas a diferentes substancias, como por exemplo, o manganês, necessário para o SOD-Mn (antioxidante dentro da mitocôndria), bem como também para as glutamina-sintetase que evita intoxicação mitocondrial por ácido glutâmico transformando em glutamina capaz de gerar GABA, neuro transmissor tranqüilizante. A dopa-beta-hidroxilase sintetiza noradrenalina da calculadora de probabilidade que protege de ansiedade antecipatória estressora. Os adubos tipo NPK seqüestram zinco, cobre, selênio e iodo dos alimentos. Os carbohidratos refinados excretam o cromo, zinco e manganês pela urina: os três minerais mais freqüentemente correlacionados com a depressão, deficientes em metade da população aos 50 anos de idade. A vitamina C é liberada do ômega 7 (os quatro ômegas) durante as microisquemias cerebrais consideradas causas freqüentes de perda de memória inclusive da doença de Alzheimer. O óxido nítrico protegido pela vitamina C liberada permite a dilatação dos vasos para a chegada de nutrientes aos neurônios e a retirada de poluentes além de evitar a produção do mais perigoso radical livre no cérebro o peróxinitrito e isto permitiria explicar porque nos estudos epidemiológicos a vitamina C é a principal vitamina encontrada no liquor de cérebros longevos. O cérebro é composto de 60% de gordura, onde o ômega 7 armazena vitamina C, que também faz parte de uma rede de antioxidantes.

Continua...



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Dr. Juarez Callegaro
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